O que ainda é dispendioso e o que já vale a pena fazer? A preservação do Meio Ambiente é fundamental para o futuro das próximas gerações. Virou, de certa forma, uma verdadeira “bandeira” para diversas empresas. Entre vários setores, podemos destacar o da Construção Civil, que evoluiu muito nos últimos anos com soluções sustentáveis e tecnologias que minimizam o impacto ambiental causado pelo homem. Mas diante de tantas opções (captação de água da chuva, placas de energia solar, reguladores de vazão, móveis ecologicamente corretos), o que é viável e o que ainda é muito caro quando o assunto é Construção Ecologicamente Correta? O arquiteto Manoel Dória, representante do Paraná no maior Fórum de Arquitetura do Brasil, que tem como objetivo discutir a questão da eficiência energética, arquitetura sustentável, iluminação natural e artificial e automação, esclarece o assunto. Para ele, antes de pensar nas tecnologias é preciso repensar nossos hábitos. “A alternativa mais barata ainda é a conscientização. Temos que mudar certos costumes e vícios. A educação é a essência de se ter uma moradia ecológica”, diz. Esse ponto passa pela racionalização da energia, da água, arborização, permeabilidade, separação de lixo, etc. “Depois disso temos a tecnologia, equipamentos, materiais, conceitos construtivos, que cada vez mais são necessidades e premissas que devem estar acopladas nas obras, tais como painéis solares, captação e reutilização de água, ventilação natural, materiais reciclados, entre outros recursos”, esclarece.
Há tecnologias que estão cada vez mais acessíveis. “Os painéis solares, por exemplo, já foram caros, e hoje estão bem acessíveis. Entretanto, em algumas regiões do Brasil temos que trabalhar com sistema misto, pois não há sol o tempo todo”, alerta o arquiteto. Manoel dá a dica para quem está construindo e quer minimizar os impactos no meio ambiente. “Respeito com o entorno, com a cidade, com a cultura, vizinhança e meio ambiente são fundamentais. Temos inúmeras razões para edificar com qualidade e respeito ambiental. A principal é contratar um arquiteto inserido neste processo e, daí em diante, buscar a melhor concepção e partido para o projeto. Hoje existem inúmeros materiais, técnicas construtivas e aplicação de sistemas/instalações que agregam e amenizam o impacto da obra junto ao meio ambiente. Penso que todo este processo de sustentabilidade tem quatro fatores principais: ambiental, social, cultural e econômico”, enfatiza o profissional.
Quanto custa*?
Cisterna para armazenamento de água da chuva: R$1.200,00
Captação de luz solar através de painéis: R$ 2.200,00
Torneiras de fluxo reduzido: R$ 90,00
Equipamentos sanitários de baixo consumo: R$ 160,00
Lâmpadas de alta eficiência energética: R$ 7,00
Lareira para aquecer ambientes (em locais frios): R$ 1.070,00
Janelas grandes para aproveitar a ventilação (em locais quentes): R$ 200,00
*Preço médio.
Paineis
Os painéis solares já foram caros - hoje estão mais acessíveis.
Torneiras
As torneiras de fluxo reduzido evitam o desperdício de água das torneiras comuns.
Janelas
As janelas grandes ajudam a economizar energia, pois possibilitam maior claridade.
marina cotovicz
fotos: sxc.hu
Academicos: Leivas, Livia, Leonardo, Ludiely, Leoni, Lourival, Luis Henrique. Caso tenha esquecido alguem por favor comunique. |
LUAN TORRES
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